Cinco guardas são presos suspeitos de agredir e obrigar jovens a fazer sexo oral durante abordagem em Itapecerica da Serra

Ao todo, seis agentes são investigados por tortura contra grupo que empinava motos em maio deste ano; um guarda civil continua foragido.

Cinco dos seis guardas civis suspeitos de agredirem jovens e os obrigarem a fazer sexo oral uns nos outros durante abordagem em Itapecerica da Serra, em maio deste ano, foram presos após se apresentaram à Polícia Civil. A informação foi confirmada ao g1 pela Secretaria de Segurança Pública nesta quinta-feira (17).

De acordo com a SSP, os mandados de prisão temporária de 30 dias, que já tinham sido expedidos pela Justiça, foram cumpridos após os guardas irem até a delegacia acompanhados dos advogados na última terça-feira (15).

Após a elaboração dos boletins de ocorrência de captura, equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) conduziram os agentes até o Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra. Em seguida, os guardas foram levados para a cadeia de Itapecerica, onde aguardam audiência de custódia.

Ainda conforme a SSP, buscas estão sendo feitas pelo sexto agente apontado nas denúncias e que também tem mandado de prisão temporária expedido contra ele.

Em nota, a Prefeitura de Itapecerica da Serra afirmou que os guardas envolvidos “já foram afastados de suas funções e responderão processo administrativo e disciplinar”.

Denúncia de tortura
Segundo a Polícia Civil, os guardas civis passaram a ser investigados após denúncias apontarem que eles torturaram um grupo de jovens durante abordagem em maio deste ano.

Por telefone, um dos jovens contou à TV Globo que estava em uma área de mato perto do Rodoanel empinando moto com mais cinco pessoas, quando os guardas civis chegaram após denúncia anônima. Uma das motos do grupo era clonada.

Ainda conforme o jovem, os guardas o ameaçaram de morte com arma, usaram spray de pimenta e os agrediram com pedaço de madeira. As agressões só terminaram quando a mãe e parentes de um deles chegaram até o local.

De acordo com o delegado Luís Hellmeinster, os jovens também relataram que foram forçados a fazer sexo oral entre eles. As denúncias foram investigadas e, com base em vídeos e laudos periciais, ele pediu a prisão temporária dos agentes.

“A prisão temporária foi pedida para ultimar o feito, detalhes, porque provas são suficientes, tanto é que foi decretada a prisão temporária de 30 dias. Como foram expedidos os mandados, eu de pronto entrei em contato com o secretário de Segurança Patrimonial da cidade e o comandante da Guarda Municipal para que os agentes se apresentassem. Porém, eles se evadiram”.

Ainda conforme a polícia, nenhum dos jovens abordados na ocorrência tinha passagem.

By Alessandra Gomes

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